Dormindo sobre a relva, descansava,
Quando vi que a Fortuna me mostrava
Com alegre semblante o seu tesouro.
De uma parte, um montão de prata e ouro
Com pedras de valor o chão curvava;
Aqui um cetro, ali um trono estava,
Pendiam coroas mil de grama e louro.
- Acabou – diz-me então – a desventura:
De quantos bens te exponho qual te agrada,
Pois benigna os concedo, vai, procura.
Escolhi, acordei, e não vi nada:
Comigo assentei logo que a ventura
Nunca chega a passar de ser sonhada.
_______________________________________________________
INTERPRETAÇÃO:
Nesse soneto, Tomás Antônio Gonzaga relata um sonho que
teve. Nesse sonho ele conhece a Fortuna que lhe mostrava todo o seu tesouro.
Nele tinha pratas, ouros pedras de valor e etc. Fortuna então pede que Tomás
escolha bens que lhe agradaram no tesouro. Tomás escolheu, mas, logo acordou.
Sem ter aquilo que tinha ganhado.
CARACTERÍSTICAS DO ARCADISMO:
- Bucolismo: Fala de férteis campos e das relvas(folhagens rasteiras) onde descansava.
CONTEXTO HISTÓRICO:
Quando
escreveu esse soneto, Tomás Antônio Gonzaga estava em Moçambique. Isso foi
consequência de sua participação na Inconfidência Mineira que fez com que ele
fosse expulso do país depois de se ser mandado para Ilha das cobras no Rio de
Janeiro.
GLOSSÁRIO:
Soberbo: Pessoa
mesquinha, arrogante, altruísta.
Relva: rama,
folhagem rasteira.
Cetro: Bastão
curto encimado por um ornato que os soberanos trazem na mão direita em certas
cerimônias: coroa, cetro e globo são as insígnias da realeza.
Douro: pequeno
barco de fundo chato, que auxilia a pesca do bacalhau, nos mares do Norte.
Desventura: Infortúnio, infelicidade, desgraça, miséria.
Desventura: Infortúnio, infelicidade, desgraça, miséria.
Ventura: Sorte,
acerto, êxito, felicidade, fortuna, acaso.
Marcos Vinícius nº 23
1C
Concordo, e acho também que para Tomás tudo foi um pesadelo tudo isso que ele passou e principalmente ficar longe de sua amada.
ResponderExcluirCattarina Bites
Nº7
1º'C'
Gostei da sua interpretação. Acrescentaria nas características do arcadismo, o nativismo, pois ele faz uma referência a terra e ao mundo natural.
ResponderExcluirMyllena Marques.
Número:28.
1º C.
Gostei da sua interpretação, mas acrescentaria também o que ele diz em seus dois últimos versos, que não existe sorte, a sorte nunca é mais do que um mero sonho. Muito bom o seu contexto histórico, explicou bem o que acontecia com ele naquela época.
ResponderExcluirMatheus Souza Feitosa Nº26
1ºC
Na minha opinião, acho que a linguagem utilizada na análise foi simples e direta, fazendo com que o leitor compreenda melhor a explicação do soneto em si.
ResponderExcluirGuilherme Koichi
n°12
1°c
Na minha opinião, acho que a linguagem utilizada na análise foi simples e direta, fazendo com que o leitor compreenda melhor a explicação do soneto em si.
ResponderExcluirGuilherme Koichi
n°12
1°c