De amar, minha Marília, a formosura
Não se podem livrar humanos peitos.
Adoram os heróis; e os mesmos brutos
Aos grilhões de Cupido estão sujeitos.
Quem, Marília, despreza uma beleza,
A luz da razão precisa;
E se tem discurso, pisa
A lei, que lhe ditou a Natureza.
Cupido entrou no Céu. O grande Jove
Uma vez se mudou em chuva de ouro;
Outras vezes tomou as várias formas
De General de Tebas, velha, e touro.
O próprio Deus da Guerra desumano
Não viveu de amor ileso;
Quis a Vênus, e foi preso
Na rede, que lhe armou o Deus Vulcano.
Mas sendo amor igual para os viventes,
Tem mais desculpa, ou menos esta chama:
Amar formosos rostos acredita,
Amar os feios de algum modo infama.
Que lê que Jove amou, não lê nem topa,
Que ele amou vulgar donzela:
Lê que amou a Dânae bela,
Encontra que roubou a linda Europa.
Se amar uma beleza se desculpa
Em quem ao próprio Céu, e terra move:
Qual é a minha glória, pois igualo,
Ou excedo no amor ao mesmo Jove?
Amou o Pai dos Deuses Soberano
Um semblante peregrino:
Eu adoro o teu divino,
O teu divino rosto, e sou humano.
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INTERPRETAÇÃO:
No começo desta lira o autor fala do amor por Marília e de como ela é formosa. Também diz que, nem um deus aguentou de tanto amor por uma mulher, e que o amor de um deus e igual a um amor humano é que nem um deus consegue escapar do cupido.
SITUAÇÃO HISTÓRICA:
Nesta época Thomás Antônio Gonzaga estava detido pela participação na inconfidência mineira, e acabou escrevendo várias liras sobre sua paixão por Marília.
No começo desta lira o autor fala do amor por Marília e de como ela é formosa. Também diz que, nem um deus aguentou de tanto amor por uma mulher, e que o amor de um deus e igual a um amor humano é que nem um deus consegue escapar do cupido.
SITUAÇÃO HISTÓRICA:
Nesta época Thomás Antônio Gonzaga estava detido pela participação na inconfidência mineira, e acabou escrevendo várias liras sobre sua paixão por Marília.
GLOSSÁRIO:
GRILHÕES; argolas e correntes que prendem ás pernas dos criminosos.
SEMBLANTE: aparência de algo, face de alguém que pode estar feliz ou triste.
INFAMA: desonesto,imoral.
FORMOSURA: beleza.
Nome: Guilherme de Melo dos Santos.
Número: 11.
Ficou bom, mas não esquece das características do arcadismo.
ResponderExcluirCattarina Bites
Nº-7
Cara gostei, mas acho que quando ele escreveu essa lira ele ainda não estava detido.
ResponderExcluirMarcos Vinícius
nº23
Penso igual a Myllena,penso que o objetivo do autor é principalmente ressaltar a ideia de que ninguém está livre do amor,nem mesmo Deuses ou homens,demonstrando que amar é um processo natural pelo qual todos passaram,ou irão passar.
ResponderExcluirBruna Duarte.
Número:06
Eu concordo com o comentário do Guilherme quando ele fala que o eu lírico compara o amor humano com o amor dos deuses. E também concordo com o comentário do Myllena, pois concordo que ele também tentou expressar que ninguém, nem mesmo os deuses estão livre de serem pegos pelo cupido. E pela parte final do poema que ele acreditava que havia um desses deus com Deus supremo.
ResponderExcluirMatehus Souza Feitosa N: 26
1C
Eu concordo, pois discordo um pouco, porque você não soube explicar muito bem o que queria dizer a lira. Mas o resto ficou bom, gostei da sua situação histórica.
ResponderExcluirNome: Ana Beatriz
Número: 01
Eu concordo, porém ele fala que todo ser humano está sujeita a todas as fases do amor, por mais que não queiram, mas então.
ResponderExcluirGuilherme Koichi.
Número: 12